Todo novo convertido carrega consigo algo precioso: o brilho do primeiro amor por Cristo. É o início de uma nova jornada, onde a velha vida fica para trás, e uma nova caminhada com Deus começa. A conversão é mais do que uma mudança de comportamento é uma transformação de dentro para fora.
E logo, começou a falar de Jesus nas sinagogas, dizendo: “Ele é o filho de Deus.” (Atos 9:20 NVT)
Quando um bebê chega ao mundo, é motivo de grande celebração em toda a família. Todos os parentes e amigos se enchem de alegria e fazem questão de compartilhar essa maravilhosa notícia. No entanto, com a chegada do bebê, surge também a responsabilidade de cuidar dele. Os pais, juntamente com os familiares mais próximos, terão o papel fundamental de oferecer à criança um ambiente amoroso e acolhedor, indispensável para o seu crescimento saudável e pleno. Na jornada da vida cristã, encontramos uma situação muito semelhante. Quando alguém entrega sua vida a Jesus, há uma imensa alegria na comunidade da igreja local. Os irmãos em Cristo se unem em celebração por essa decisão tão especial. Além disso, a Bíblia nos ensina que até mesmo no céu há uma grande festa quando um pecador se arrepende e decide seguir a Deus! “Da mesma forma, há mais alegria no céu por causa do pecador perdido que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam se arrepender.” (Lucas 15:7 NVT) Contudo, após esse momento de conversão, surge a necessidade de apoiar o novo convertido em sua caminhada de fé. Existe um vasto caminho de aprendizado à frente, e esse cristão recém-chegado precisará de orientação, cuidado e acompanhamento para crescer espiritualmente e firmar suas bases na fé em Cristo.
Foi Ananias, um discípulo piedoso que vivia em Damasco, quem realizou o primeiro acolhimento de Saulo. Ele recebeu uma ordem direta do Senhor para ir ao encontro de Saulo, impor as mãos sobre ele e restaurar sua visão.
Ananias não apenas trouxe cura física, mas também o acolheu como irmão em Cristo, batizando-o e confirmando que ele era um instrumento escolhido por Deus. Conforme está escrito: “O Senhor, no entanto, disse: ‘Vá, pois Saulo é o instrumento que escolhi para levar minha mensagem aos gentios e aos reis, bem como ao povo de Israel.’” (Atos 9:15 NVT).
Esse gesto foi crucial para que Paulo entendesse que havia sido plenamente aceito pela Igreja, mesmo com seu passado como perseguidor.
A história do apóstolo Paulo é uma das mais marcantes e transformadoras narradas na Bíblia. Ele começa sua trajetória como um fervoroso perseguidor da Igreja, alguém que não apenas discordava dos cristãos, mas os perseguia com violência e determinação. “Enquanto isso, Saulo, motivado pela ânsia de matar os discípulos do Senhor, procurou o sumo sacerdote.” (Atos 9:1 NVT). No entanto, tudo mudou de forma radical durante sua jornada para Damasco. Nesse caminho, um encontro sobrenatural com Jesus, o Filho de Deus, alterou completamente o rumo de sua vida e missão. Foi nesse momento que a história de Saulo, o nome judaico daquele que conhecemos como Paulo, começou a se transformar. Este homem, que também é amplamente reconhecido como o apóstolo Paulo, passou por uma reviravolta extraordinária.
Antes dessa transformação, Saulo havia aprovado a execução de Estevão, um dos primeiros mártires cristãos, por parte dos judeus no Sinédrio. Após esse evento, ele se tornou um dos principais líderes de um grupo dedicado a perseguir os seguidores de Jesus. Armado com mandados oficiais, Saulo tinha como objetivo prender todos aqueles que invocassem o Nome de Cristo. Essa perseguição gerou consequências profundas, desencadeando um movimento migratório entre os cristãos. Muitos fugiram para outras regiões de Israel, para Samaria e até mesmo para países vizinhos, espalhando assim a mensagem do Evangelho e plantando as sementes do cristianismo em territórios distantes.
Paulo tomou a decisão de ir a Damasco, capital da Síria, localizada a aproximadamente 300 km de Jerusalém. Durante o caminho, teve um encontro transformador com Jesus, que lhe apareceu em meio a um intenso clarão, mesmo sendo próximo ao meio-dia. Este encontro o deixou cego, e assim foi conduzido à cidade de destino. Já em Damasco, ainda sem enxergar, o Senhor enviou Ananias para restaurar sua visão. Após recuperar a visão e confirmar sua conversão, Paulo deu início a uma nova jornada de vida e fé.
Essa experiência trouxe lições profundas sobre o discipulado cristão. Ainda em Damasco, Paulo começou sua missão ministerial de forma destemida. As Escrituras relatam: “E logo, começou a falar de Jesus nas sinagogas, dizendo: “Ele é o filho de Deus.” (Atos 9:20 NVT) e é um lembrete para todos nós de que não importa o passado, Deus pode escrever uma nova história através de um coração rendido, com um propósito claro e um chamado divino. Aquele que antes era perseguidor agora se tornou pregador. O que antes era trevas passou a brilhar como luz. E tudo isso teve início com uma simples, porém poderosa confissão: Jesus é o Filho de Deus.
Essa verdade é o alicerce da nossa fé e da proclamação do Evangelho. Assim como Paulo, todo chamado genuíno começa com um encontro transformador, seguido de uma entrega sincera e culmina em uma proclamação fervorosa. A partir desse marco, Paulo se dedicou inteiramente a pregar o Evangelho, enfrentando inúmeros desafios e perseguições ao longo de sua trajetória. Sua caminhada como apóstolo foi uma expressão de dedicação intensa à mensagem de Jesus Cristo e de um compromisso inabalável em compartilhá-la com o mundo.
E tudo isso começou com uma simples e poderosa confissão: Jesus é o Filho de Deus.
Essa declaração é o coração do Evangelho


Um encontro com Jesus
Paulo não teve uma experiência comum; ele contemplou o próprio Cristo em Sua glória. A voz de Jesus chamou-o pelo nome, e naquele momento Paulo compreendeu que, ao perseguir os cristãos, estava na verdade perseguindo o próprio Cristo. Este foi um instante de profunda revelação e impacto em sua vida.
A luz resplandeceu de forma intensa, e a voz do Filho de Deus dirigiu-se diretamente a ele, chamando-o pelo nome, “Ele caiu no chão e ouviu uma voz lhe dizer: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”(Atos 9:4 NVT). A pergunta feita por Jesus: “Por que me persegues?” é carregada de significado, sendo ao mesmo tempo profunda e pessoal. Essa indagação revela claramente como Jesus se identifica completamente com os cristãos, mostrando que toda perseguição dirigida a eles é, na verdade, uma perseguição contra Ele próprio.
Um verdadeiro encontro com Jesus é capaz de transformar a visão de mundo e redirecionar completamente o curso da vida. Esse momento foi crucial para Paulo, pois ele percebeu que sua existência estava sendo conduzida de maneira equivocada. Ele, que achava estar servindo a Deus, estava na realidade combatendo a Igreja de Deus. “Logo, todo aquele que está em Cristo se tornou nova criação. A velha vida acabou, e uma nova vida teve inicio! (2 Coríntios 5:17 NVT) Trata-se de estabelecer uma relação íntima com Ele, um encontro que opera uma verdadeira transformação na vida. Essa transformação genuína gera mudanças profundas e duradouras: “Eu posso acumular muito conhecimento sobre Jesus, mas, se não tiver tido um encontro pessoal com Ele, ainda não compreendi quem Ele realmente é.”
É impossível andar com Ele sem experimentar o toque transformador de Sua graça. Jesus não veio para ser um “acréscimo” à nossa velha vida; Ele veio para nos dar uma nova existência que reflete o Seu caráter. Se você ainda não viveu essa transformação, talvez seja o momento de reavaliar sua caminhada com Ele. Conhecer o Jesus das Escrituras é descobrir o verdadeiro caminho para uma vida renovada.
O nosso ministério começa com um encontro pessoal com Jesus.
A Confissão que Transforma
Paulo ao proclamar a verdade sobre quem Jesus realmente é “Filho de Deus” revela a divindade, a autoridade suprema e a perfeita unidade de Jesus com o Pai. Essa confissão transformou completamente a vida de Paulo, redefiniu seu propósito de vida e renovou sua missão. Aquele que declara que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus. (1 João 5:15 NVT) Por meio dessa confissão, compreendemos e experimentamos o amor que Deus tem por cada um de nós. Deus é amor, e quem vive nesse amor está em comunhão com Deus, e Deus habita nele. Jesus deixou claro: “Quem me reconhecer em público aqui na terra, eu o reconhecerei diante de meu pai no céu.” (Mateus 10:32 NVT). Para o cristão, sua vida deve ser um reflexo da Bíblia, especialmente para aqueles que ainda não conhecem a Palavra de Deus.
A confissão de Paulo, ao reconhecer Jesus como o Filho de Deus, é uma declaração poderosa de fé e uma confirmação da divindade de Cristo. Essa declaração não apenas ressalta que Jesus é mais do que um profeta ou líder espiritual, mas afirma que Ele é o Filho de Deus enviado para resgatar a humanidade. Essa confissão é o alicerce da fé cristã, sendo a essência que define o cristianismo: a salvação é alcançada por meio da fé em Jesus. A declaração de Paulo é significativa por vários motivos;
Afirma a divindade de Jesus: Ao declarar que Jesus é o Filho de Deus, Paulo reforça um ponto central da teologia cristã, que é a natureza divina de Cristo.
Proclama a salvação: A confissão de Paulo enfatiza que a salvação está disponível por meio da fé em Jesus, o único caminho para a redenção.
Fortalece a fé: Essa confissão encoraja os cristãos a confiarem plenamente em Jesus e a depositarem sua esperança Nele, inspirando uma vida de fé e compromisso com o Evangelho.
A declaração de Paulo de que Jesus é o Filho de Deus representa um pilar essencial da fé cristã. Essa afirmação reconhece a divindade de Jesus e a salvação oferecida por meio da fé nele. Toda pregação genuína tem como fundamento a exaltação de Cristo como o verdadeiro Filho de Deus.
A coragem de confessar que Jesus é o Filho de Deus no meio da sinagoga por Paulo, foi um ato de grande ousadia. Paulo, com intrepidez, anunciou essa verdade mesmo entre aqueles que poderiam rejeitá-lo. Apesar das ameaças, perseguições e da incredulidade que o cercavam, ele permaneceu firme e não se calou. Confessar que Jesus é o Filho de Deus é uma atitude que o Espírito Santo nos capacita a tomar. Essa declaração de fé pode trazer implicações profundas, como:
Perseguição: Em alguns lugares, declarar a fé cristã pode resultar em hostilidade, violência ou até mesmo na perda da vida.
Rejeição: Pode significar ser rejeitado por amigos, familiares ou colegas de trabalho.
Desafios: Enfrentar ambientes contrários à fé cristã exige coragem e determinação.
Confessar a fé em Jesus é essencial, pois nos conduz a: Testemunhar para compartilhar a mensagem de salvação e revelar quem Jesus é; Inspirar servindo como exemplo e motivação para que outros se aproximem de Deus; e Fortalecer a própria fé, trazendo maior convicção e confiança em Jesus como o Filho de Deus. A coragem de declarar Cristo não apenas transforma nossa vida, mas também pode influenciar de forma poderosa todos ao nosso redor.
Em momentos de adversidade, o mundo anseia por vozes de fé que proclamem com convicção: “Jesus é o Filho de Deus!” Essa declaração reforça que a caminhada cristã, embora repleta de desafios, também oferece oportunidades únicas de crescimento espiritual e testemunho de esperança.
Conclusão
“Eu o livrarei tanto de seu povo como dos gentios. Sim, eu o envio aos gentios, para abrir os olhos deles a fim de que se voltem das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus. Então receberão o perdão dos pecados e a herança entre o povo de Deus, separado pela fé em mim.” (Atos 26:17-18)
O chamado de Deus é claro e transformador: revelar quem é Jesus. Quando Paulo teve seu encontro com Cristo no caminho para Damasco, sua vida foi completamente transformada e ele descobriu um novo propósito. Sua primeira mensagem ao mundo foi simples, profunda e cheia de poder:
Jesus é o Filho de Deus.
Essa declaração é a base do Evangelho. Proclamar que Jesus é o Filho de Deus significa afirmar: Sua divindade, “No principio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus.” (João 1:1 NVT) e seu papel central na salvação, “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 NVT)
O anúncio não parte de nós, mas da beleza do que nos é dado gratuitamente, sem merecimento: encontrar Jesus, conhecê-lo, e perceber que somos amados e salvos. Paulo não esperou estar “pronto” aos olhos humanos; ele atendeu ao chamado do Espírito e proclamou o nome de Jesus com coragem e determinação.
Hoje, esse mesmo chamado ressoa em nossos corações. Fomos encontrados para anunciar, resgatados para proclamar.
Não é suficiente apenas conhecer Jesus, é indispensável torná-Lo conhecido!
Como Paulo, sejamos mensageiros que proclamam com fé, ousadia e paixão:
“Ele é o Filho de Deus!”
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